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História das Roupas Infantis na Europa

Introdução

A história da roupa infantil na Europa é um reflexo das mudanças sociais, culturais e econômicas ao longo dos séculos. A maneira como as crianças eram vestidas evoluiu em resposta às mudanças nas percepções sobre a infância, os avanços tecnológicos, o status social e as influências da moda adulta. Neste ensaio, vamos explorar a evolução das roupas infantis na Europa, desde a Idade Antiga até os tempos modernos, destacando as principais transformações que ocorreram na maneira de vestir as crianças.

A Antiguidade e a Idade Média

Na Antiguidade, tanto no Império Romano quanto na Grécia Antiga, a distinção entre roupas infantis e roupas adultas era muito tênue. As crianças, especialmente das classes mais altas, usavam roupas simples, como túnicas feitas de linho ou lã, que eram semelhantes às vestimentas dos adultos. No entanto, a roupa infantil não era projetada com foco na individualidade ou em uma fase específica da vida. As crianças eram vistas como pequenas versões dos adultos e, por isso, vestiam roupas que refletiam essa ideia.

Durante a Idade Média, o padrão permaneceu bastante semelhante, com pouca diferenciação entre as roupas das crianças e dos adultos. Os filhos da nobreza e da realeza eram vestidos com mais elegância e luxo, mas ainda de maneira que refletia as roupas adultas da época. As crianças, especialmente os meninos, usavam roupas parecidas com as dos pais, mas com menos adornos e enfeites. As meninas também usavam vestidos, mas com tecidos mais simples e corte menos complexo.

Renascimento e Barroco: O início da moda infantil

O Renascimento, no século XV e XVI, marcou uma mudança importante nas ideias sobre a infância e a vestimenta das crianças. Durante esse período, começou a surgir a percepção de que a infância era uma fase distinta da vida, que deveria ser preservada e protegida, incluindo na vestimenta. As roupas infantis passaram a ser mais separadas das roupas dos adultos, refletindo essa nova visão da infância.

No período Barroco, no século XVII, as roupas das crianças começaram a ganhar mais distinção. As meninas vestiam vestidos longos e elaborados, muitas vezes feitos de seda ou veludo, com adornos luxuosos. Os meninos, por sua vez, usavam roupas que imitavam as de seus pais, mas adaptadas para a fase da infância, como casacos curtos, calças e meias altas. Durante essa época, a roupa infantil começou a ser mais vista como uma forma de refletir o status social da família, com ricos tecidos e cortes mais refinados para os filhos da nobreza e da alta burguesia.

Século XVIII: A separação mais clara entre roupas infantis e adultas

No século XVIII, a separação entre as roupas de crianças e adultos tornou-se ainda mais clara. A ideia de que as crianças precisavam de vestimentas específicas para simbolizar sua inocência e vulnerabilidade se espalhou entre a nobreza e as classes médias. As meninas continuavam a usar vestidos longos, muitas vezes com anáguas, enquanto os meninos, a partir de uma certa idade, passaram a usar calças longas e casacos, refletindo a transição para a fase adulta.

Uma característica peculiar dessa época foi o uso de vestidos para meninos pequenos, algo que perdurou até o início do século XIX. Esse estilo, chamado de "dress costume", tinha como objetivo manter a imagem de pureza e inocência da infância. As roupas infantis se tornaram cada vez mais elaboradas, com mais detalhes e adornos, para se alinharem ao status social da família.

Século XIX: A Revolução Industrial e a popularização das roupas infantis

O século XIX trouxe profundas transformações devido à Revolução Industrial, que alterou a produção de roupas, tornando-a mais acessível e democrática. A produção em massa de tecidos e a introdução de novos métodos de fabricação tornaram possível a criação de roupas infantis a preços mais acessíveis, o que permitiu que mais famílias, inclusive as de classes sociais mais baixas, comprassem roupas para seus filhos.

A mudança na visão da infância, que passou a ser vista mais como uma fase de brincadeira e aprendizado do que de preparação para a vida adulta, refletiu-se nas roupas. As crianças, especialmente as meninas, começaram a usar roupas mais confortáveis e práticas, como vestidos mais simples e, para os meninos, roupas com menos adornos, focadas na praticidade. A ideia de conforto começou a prevalecer sobre a estética e a riqueza do vestuário. Ao longo do século XIX, as roupas infantis tornaram-se mais práticas, com menos camadas e mais liberdade de movimento, refletindo a crescente preocupação com a saúde e o bem-estar das crianças.

Século XX: A popularização da moda infantil e a influência da cultura popular

O século XX foi um período de grande mudança na moda infantil. Após as duas Guerras Mundiais, a moda infantil se tornou mais acessível e mais voltada para a prática do dia a dia, ao invés de se concentrar apenas no status social da família. Durante as décadas de 1920 e 1930, a roupa infantil foi influenciada por estilistas que começaram a criar coleções específicas para crianças. As roupas tornaram-se mais funcionais, com tecidos mais duráveis e cortes mais simples.

Nos anos 50 e 60, a influência da cultura popular começou a moldar ainda mais as roupas infantis. O crescimento da indústria cinematográfica e o surgimento da televisão, que traziam ícones de estilo como artistas e celebridades, influenciaram o estilo das crianças. Durante as décadas de 1960 e 1970, roupas como jeans, camisetas e tênis se tornaram populares entre os jovens, e as roupas infantis refletiram essas tendências. As crianças começaram a se vestir de maneira mais semelhante aos adultos, mas com ênfase no conforto e na praticidade para o brincar e o viver diário.

Século XXI: Diversidade e personalização da moda infantil

Nos dias de hoje, a moda infantil na Europa é incrivelmente diversificada. As crianças têm acesso a uma ampla gama de estilos, desde roupas sofisticadas e de marca, até roupas mais informais e funcionais. Além disso, a sustentabilidade tornou-se uma preocupação crescente no design de roupas infantis. Muitos fabricantes estão se voltando para materiais ecológicos e práticas de produção sustentáveis, atendendo a uma demanda crescente por roupas que não apenas atendem aos gostos estéticos, mas também aos valores ambientais.

As influências da cultura global e das redes sociais são visíveis nas roupas infantis, com marcas e estilos que se espalham rapidamente por meio de plataformas online. Além disso, há uma crescente tendência de roupas unissex e inclusivas, que permitem maior liberdade e expressão para as crianças, sem as rígidas separações entre roupas masculinas e femininas que caracterizaram épocas anteriores.

Conclusão

A história das roupas infantis na Europa reflete as mudanças significativas nas concepções sobre a infância e o papel das crianças na sociedade. Desde a ausência de distinção entre as roupas de crianças e adultos na Antiguidade até a evolução para roupas mais práticas e confortáveis nos séculos XIX e XX, as roupas infantis sempre estiveram interligadas aos valores sociais e culturais de cada época. No século XXI, as crianças têm à sua disposição uma infinidade de opções de roupas que não apenas atendem a exigências de moda e conforto, mas também refletem um mundo mais consciente e diversificado. A história das roupas infantis, portanto, é um espelho das transformações da sociedade europeia ao longo do tempo.




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Informações Importantes Antes de Escolher Roupas para Bebês e Crianças

Escolher roupas para bebês e crianças pode ser uma tarefa desafiadora para muitos pais, principalmente porque envolve a consideração de diversos fatores, como conforto, segurança, praticidade e estilo. É essencial que as roupas escolhidas atendam às necessidades específicas da fase de desenvolvimento das crianças, além de serem adequadas para o clima e práticas de cuidados diários. Neste texto, abordaremos os principais aspectos a serem considerados antes de selecionar roupas para bebês e crianças, além de sugerir algumas leituras complementares sobre o tema.

1. Conforto

O principal critério ao escolher roupas para bebês e crianças deve ser o conforto. Durante os primeiros meses de vida, os bebês passam grande parte do tempo dormindo e, quando acordados, explorando o mundo ao seu redor. Por isso, é fundamental que as roupas permitam liberdade de movimento, evitando aperto ou restrição, que pode causar desconforto e até irritações na pele.

  • Tecidos suaves: As roupas de bebê e criança devem ser feitas de tecidos macios e naturais, como algodão, que são gentis com a pele sensível. Tecidos sintéticos podem causar alergias ou irritações.
  • Ajuste adequado: Evitar roupas muito apertadas, que possam dificultar a circulação sanguínea ou causar desconforto. Roupas muito largas também podem ser um problema, pois podem enroscar ou causar tropeços.

2. Segurança

A segurança das roupas infantis é um fator essencial, especialmente em bebês e crianças pequenas que estão em fase de exploração. Preste atenção aos detalhes que podem representar riscos, como botões soltos, fechos de zíper ou peças pequenas que possam se soltar e serem engolidas.

  • Evitar peças pequenas: Verifique se não há elementos pequenos que possam ser engolidos ou engasgar a criança. Botões, contas, laços e outros enfeites devem ser bem costurados e, preferencialmente, evitados em roupas para bebês.
  • Fitas e cordões: Evite roupas com fitas ou cordões que possam se prender em objetos e causar acidentes. Muitos órgãos de segurança recomendam que os itens com cordões sejam evitados, principalmente nas roupas de dormir.

3. Facilidade de Troca

Bebês e crianças pequenas precisam ser trocados frequentemente, o que torna a praticidade das roupas uma prioridade. Para facilitar as trocas, busque peças que tenham fechos fáceis de manusear, como botões de pressão, zíperes ou velcros.

  • Roupas com botões de pressão: As roupinhas de bebê, como macacões e bodies, com botões de pressão entre as pernas são ideais, pois tornam as trocas de fraldas mais rápidas e fáceis.
  • Vestidos e saias com elástico: Para crianças um pouco maiores, vestidos e saias com elástico na cintura são práticos e confortáveis.

4. Adequação ao Clima e ao Estilo de Vida

As roupas para bebês e crianças devem ser escolhidas de acordo com o clima da região onde a família mora, além de ser importante considerar as atividades que a criança desempenha no dia a dia.

  • Clima: Durante o inverno, opte por peças mais quentes, como casacos, calças de lã e meias grossas. No verão, escolha roupas leves e frescas, feitas de tecidos respiráveis, como o algodão, para evitar o superaquecimento. Não se esqueça de usar chapéus e protetor solar, principalmente para bebês e crianças pequenas.
  • Praticidade para o dia a dia: Considere o tipo de atividade que a criança faz frequentemente. Se a criança gosta de brincar ao ar livre ou praticar esportes, opte por roupas resistentes e de fácil manutenção, como leggings e camisetas que não se desgastem facilmente.

5. Durabilidade e Facilidade de Manutenção

As roupas para crianças e bebês devem ser resistentes e fáceis de lavar, pois é comum que se sujem rapidamente. Prefira peças de boa qualidade que resistam a múltiplas lavagens e secagens.

  • Tecidos fáceis de cuidar: Certifique-se de que as roupas escolhidas sejam práticas para o dia a dia, com tecidos que podem ser lavados frequentemente sem perder a forma ou cor. Roupas que não exigem lavagem a seco ou cuidados especiais são ideais.
  • Roupas com reforço nas áreas de desgaste: Se possível, escolha peças que tenham reforços nas áreas de maior atrito, como joelhos e cotovelos, especialmente se a criança for muito ativa.

6. Estilo e Identidade Pessoal

Embora o conforto e a segurança sejam os fatores mais importantes, muitas famílias também se preocupam com o estilo das roupas. A escolha de roupas para bebês e crianças pode refletir o estilo e a personalidade da família, além de permitir que as crianças comecem a desenvolver suas preferências.

  • Roupas com estampas e cores: Bebês e crianças costumam se divertir com estampas coloridas e personagens, enquanto as roupas mais neutras ou minimalistas podem ser uma boa opção para os pais que preferem um estilo mais sóbrio. No entanto, é importante não exagerar nos detalhes para garantir que as peças não incomodem ou distraiam a criança.
  • Roupas que acompanham o crescimento: Algumas marcas oferecem roupas com "crescimento ajustável", que permitem que as peças se ajustem ao corpo da criança à medida que ela cresce.

7. Escolha de Tamanhos

As roupas devem ser escolhidas levando em conta o tamanho correto da criança. Comprar roupas muito grandes pode ser desconfortável e dificultar a movimentação, enquanto roupas muito pequenas podem apertar e restringir o crescimento. É importante verificar as tabelas de tamanho de cada marca, pois elas podem variar.

  • Roupas um pouco maiores: Em alguns casos, é preferível comprar roupas um pouco maiores, pois bebês e crianças crescem rapidamente. Contudo, roupas muito grandes também podem causar desconforto, então é importante encontrar um equilíbrio.

Leitura Recomendada

Se você deseja aprofundar seu conhecimento sobre a escolha de roupas para bebês e crianças, algumas leituras recomendadas são:

  1. Roupas para Bebês: Como Escolher com Conforto e Estilo” de Sandra Ribeiro – Um guia completo para pais que querem entender como escolher roupas adequadas para seus bebês, com foco no conforto e estilo.
  2. Moda Infantil: Como Vestir seu Filho de Acordo com a Idade e Personalidade” de Patrícia Lima – Este livro oferece dicas sobre como escolher roupas adequadas para cada fase da criança, levando em conta as preferências pessoais e as necessidades de cada idade.
  3. A Arte de Vestir o Bebê: O Guia dos Primeiros Anos” de Mariana Oliveira – Um excelente recurso para pais de primeira viagem, com dicas práticas sobre como escolher roupas para bebês em seus primeiros meses de vida.



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